domingo, 4 de outubro de 2009

AMANHECEU

*Aurea Abensur*
(Orinho)

Nos primeiros acordes da manhã,
reconheci,
quando a iris se abriu,
"NO MEU MAR"
as janelas da alma.
Guardo meus olhos,
na busca do que mais
meu coração procura.
guardo meus olhos
nos olhos de quem amo
e não vejo...
Mas...
para consolar-me, olho o céu,
acompanho as nuvens em movimento,
o vento, acariciando as folhas das arvores,
os passaros voando,em rota que só eles sabem,
O por do sol, a lua e as estrelas,
e com passos lentos,
como quem não quer chegar,
aceito o destino de Prometeu...
Peço apenas à brisa que feche meus olhos,
para que eu não veja,
o meu peito dilacerado...

Salvador, indo...
..

Um comentário:

Anônimo disse...

As lembranças
a dor e a alegria
formam a vida de cada um
as satisfações mansas
as horas de ousadia
e um viver em comum
que nos darão tudo
ou com um ar sisudo
levarão a lugar nenhum.
Tudo isto se reúne nos seus belos poemas. Parabéns Orinho